Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários

PCP advoga acção <br>comum ou convergente

O 17.º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO) realizou-se de 30 de Outubro a 1 de Novembro, em Istambul, na Turquia, acolhido pelo Partido Comunista turco.

58 partidos de 48 países partilharam análise, trocaram experiências e informações

Durante três dias e sob o lema: «As tarefas dos Partidos Comunistas e Operários no reforço da luta da classe trabalhadora contra a exploração capitalista, as guerras imperialistas e o fascismo, pela emancipação dos trabalhadores e dos povos, pelo socialismo», 58 partidos oriundos de cerca de 48 países tiveram a oportunidade de partilhar a sua análise sobre importantes aspectos da situação internacional e de trocar experiências e informações sobre a situação nos seus respectivos países.

O 17.º EIPCO adoptou um conjunto de linhas para a acção comum e convergente dos partidos integrantes do processo dos Encontro Internacionais, nomeadamente em torno: da luta dos trabalhadores pelos seus direitos laborais e sociais; da denúncia activa do anticomunismo e da solidariedade com os partidos comunistas vítimas de repressão, como acontece na Ucrânia; da defesa das liberdades e dos direitos democráticos, contra o fascismo e o racismo; da defesa dos direitos dos imigrantes, de todos os que sofrem discriminação; da luta contra a destruição do meio-ambiente; da luta contra a NATO, as armas nucleares e outras armas de destruição massiva, as bases militares estrangeiras e o militarismo e a guerra; da solidariedade com o povo palestiniano, o povo sírio e todos os povos árabes vítimas das ingerências e agressões imperialistas; pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba e da posição comum da União Europeia sobre este país; da solidariedade com a Venezuela e com todos os povos latino-americanos em luta contra o imperialismo, a opressão e a injustiça; da solidariedade com as forças que em todo o mundo adoptam posições progressistas e anti-imperailsitas em defesa dos trabalhadores e povos vítimas da opressão.

Valorizar o que une

O PCP, no contributo que apresentou ao Encontro Internacional, teve oportunidade de sublinhar, entre outros aspectos, que a gravidade do actual momento na situação internacional, os desafios, as ameaças, as potencialidades que esta comporta, exigem um grande esforço para que o movimento comunista internacional esteja à altura da resposta aos problemas, às necessidades e anseios dos trabalhadores e dos povos.

Para o PCP, se a diversidade de situações em cada país determinam objectivos e tarefas imediatas também diversificadas, havendo também análises diversas sobre importantes questões da teoria, da história e da estratégia do movimento comunista internacional, isso não deve constituir obstáculo à necessária cooperação. O PCP, sem ignorar a importância de tais diferenças e mesmo divergências, considera que deve ser valorizado o que nos une e promover a acção comum ou convergente em torno de questões de interesse comum

Valorizando o processo dos Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários, o PCP reafirmou que, no actual quadro internacional, a particular importância do desenvolvimento da cooperação dos partidos comunistas e destes com outras forças democráticas, progressistas e anti-imperialistas, contribuindo para o intercâmbio de experiências, para a unidade na acção por objectivos concretos e para o alargamento e maior expressão da frente anti-imperialista.

Durante o Encontro Internacional, o PCP teve oportunidade de expressar a sua solidariedade aos comunistas, aos trabalhadores e ao povo turco e à sua luta contra a opressão e a exploração e pela liberdade, a democracia, pelos seus direitos, pela justiça e o progresso social. Assim como aos povos do Médio Oriente e, particularmente, ao povo palestiniano e à sua luta pelo direito a uma pátria independente, soberana e viável, e também ao povo sírio na sua luta pela paz, a soberania e independência do seu País.

O PCP fez-se representar por Pedro Guerreiro, membro do Secretariado e responsável da Secção Internacional, Ângelo Alves, membro da Comissão Política e da Secção internacional, e por Maurício Miguel, membro da Secção Internacional.

 



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